Redução de acidentes de trabalho: garantindo a segurança do colaborador
A segurança do trabalho é uma preocupação fundamental para toda empresa, independente do segmento, do porte ou da área de atuação. Afinal, ao preservar a saúde dos colaboradores, ela ganha produtividade e ainda reduz problemas externos, como multas e processos trabalhistas.
No entanto, esse assunto ainda é um desafio dentro das empresas. Segundo a Revista Proteção, a cada 45 segundos, um brasileiro sofre acidente de trabalho! Isso significa que, desde que você começou a ler este artigo, uma nova pessoa foi vítima desse problema.
Criamos este artigo para responder às principais dúvidas do nosso público quanto à redução de acidentes. Se você quer aprender também, não deixe de conferir!
Como descobrir se o trabalhador está apto para a função?
De acordo com a legislação trabalhista, acidente de trabalho é aquele que acontece durante o exercício da profissão. Por isso, o primeiro passo para prevenir esse problema é elaborar o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional).
Nesses documentos, são mapeados os riscos tanto da infraestrutura quanto das atividades do cargo. A NR (Norma Regulamentadora) nº 9 exige que todas as empresas implantem o PPRA e o PCMSO, sendo que basta ter um trabalhador regido pela CLT.
Depois, é preciso fazer exames médicos para garantir que o colaborador atenda aos pré-requisitos descritos no documento. Confira algumas informações essenciais.
Histórico ocupacional
Por meio da anamnese (entrevista que o profissional da saúde realiza com o paciente), o médico do trabalho identifica o histórico de saúde do colaborador e cruza os dados com a condição do ambiente de trabalho. Sendo assim, são feitas perguntas para entender a predisposição às doenças ocupacionais.
Condição física
Algumas funções exigem condição mínima para o exercício do cargo. O trabalho em altura é um deles, uma vez que as certificações atestam a segurança dos equipamentos para até 100 kg de peso corpóreo. Outro exemplo é o cargo de motorista, em que o exame toxicológico ajuda a antecipar cenários que podem levar a acidente nas estradas.
É possível preparar o colaborador para evitar acidentes de trabalho?
A redução de acidentes é uma tarefa que deve ser feita em uma parceria entre a empresa e o funcionário. Por isso, o trabalhador também precisa ser incentivado a adotar boas práticas de segurança. Conheça 3 tipos de treinamentos que devem compor esse programa.
Integração
Os cursos de integração são aplicados no primeiro contato do novo colaborador com a empresa. Segundo a NR-1, toda empresa deve informar as práticas de segurança aos funcionários. É o momento de ele aprender a história da empresa e sua missão no mercado, bem como entender quais são suas responsabilidades dentro da organização.
Boas práticas
Como toda função requer a realização de tarefas específicas, um treinamento de boas práticas ensina o trabalhador a executá-las de maneira adequada, preservando sua segurança. Inclusive, algumas NRs servem como parâmetro na elaboração desses treinamentos, trazendo orientações relacionadas a:
- trabalho ao ar livre;
- manipulação de substâncias químicas;
- práticas de ergonomia.
Uso de EPIs
A NR-6 estabelece que a empresa é responsável por fornecer os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Mas ela também deve oferecer o treinamento adequado para o funcionário usá-los da forma correta. Além disso, neste treinamento o funcionário deve conhecer os riscos do trabalho e aprender a importância do uso de tais itens.
Quais são os problemas criados pelo acidente de trabalho?
Apesar de a parceria com o funcionário ser importante para a redução de acidentes, a empresa é a grande detentora dessa responsabilidade. Portanto, é fundamental compreender essas consequências para tomar medidas preventivas e corretivas. Continue a leitura para conhecer os maiores impactos de um acidente de trabalho dentro da empresa.
Aumento dos tributos
No recolhimento tributário, a empresa faz uma contribuição referente ao índice de acidentalidade. Sendo assim, quando a empresa tem um número alto de acidentes de trabalho e de funcionários afastados pelo INSS, por consequência também paga mais impostos. Além disso, quando o trabalhador entra de licença, a empresa continua recolhendo seu FGTS.
Custos operacionais
O afastamento repentino de um funcionário pode impactar a capacidade produtiva da empresa, que tem suas vendas e entregas afetadas. E, ainda que ela decida fazer uma nova contratação, também terá que arcar com os custos operacionais para suprir essa demanda, como despesas admissionais e gastos com treinamentos.
O que fazer para prevenir acidentes de trabalho na empresa?
Como vimos, tanto a empresa quanto o funcionário têm direitos e deveres para prevenir acidentes e colaborar para um ambiente seguro. Esse cuidado é o melhor caminho para reduzir riscos e adotar medidas eficazes. Mas quais são essas medidas?
Confira nossas dicas abaixo e veja quais são suas principais responsabilidades na gestão de pessoas!
Preparar equipamentos e ambientes
Sabemos que muitos acidentes podem acontecer devido à falta de recursos, como corrimões nas escadas e piso antiderrapante. Portanto, vale a pena consultar a análise feita no PPRA para observar os maiores fatores de risco da empresa e como você pode mudar esse cenário. Alguns exemplos são:
- usar máquinas adequadas e certificadas;
- garantir as boas condições dos equipamentos;
- manter o local organizado.
Garantir o uso do EPI
Ainda que o uso de EPI seja obrigatório, cabe à empresa fiscalizar se os funcionários têm utilizado o equipamento de forma adequada. Além do mais, o prazo de validade deles é de até 5 anos. Por isso, é preciso ter um profissional responsável para fazer o controle da renovação desses equipamentos sempre em tempo hábil.
Adotar o manual de políticas de segurança
O manual é um instrumento valioso para descrever as diretrizes da empresa no cumprimento das práticas de segurança. Ao implantá-lo, você educa o colaborador e também se antecipa aos eventuais problemas jurídicos que possam surgir, como a imprudência. Afinal, existe uma comprovação de que ele estava ciente do uso, recebeu o equipamento e foi devidamente treinado.
Ao implantar essas práticas, a empresa proporciona um ambiente mais seguro para os colaboradores e, por consequência, reduz o número de acidentes de trabalho. No entanto, sabemos que esse processo requer conhecimento e tempo.
Por esse motivo, terceirizar a mão de obra pode ser a melhor solução para tornar o processo mais eficiente. Dessa maneira, você recebe os colaboradores já capacitados, com as certificações necessárias e prontos para trabalhar. E ainda reduz os custos empresariais, proporcionando mais tranquilidade para focar em assuntos estratégicos.
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Ótimo texto, que de forma rápida aborda premissas básicas,que contribuem para a prevenção de acidentes. É o mínimo que as organizações precisam entender e aplicar para dar suporte aos Sistemas de Gestão , e facilitar o trabalho dos profissionais de SESMT, na implantação e implementação da Cultura de Segurança em uma empresa.